Texto: Ana Ornelas | Fotos: Universidade Estadual do Ceará (UECE)
Entre os dias 10 a 13 de junho deste ano, a Universidade Estadual do Ceará (UECE) sediou o 55° Encontro Nacional do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (Forproex). A edição contou com mais de 140 instituições de ensino superior de todas as regiões do país para debater os desafios e as estratégias da extensão universitária como instrumento de transformação social. Com o tema “Governança, Inovação e Transformação Social na Extensão”, o evento foi marcado por espaços de diálogo que discutiram desde a inserção curricular da extensão, passando pela pós-graduação, até a participação social e a comunicação.
Para a pró-reitora de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC) da Unicamp, Sylvia Furegatti, temas como esses reforçam a necessidade de manter viva a troca entre diferentes realidades do país. “Os temas que saem de cada edição são reflexo da anterior. Eles mostram o avanço da própria extensão universitária nacional. A inserção curricular, por exemplo, não é um tema novo, mas é essencial porque o público muda: novos pró-reitores chegam e precisam enfrentar questões importantes para cumprir a legislação e aprimorar suas práticas a partir das demandas locais”, contou Sylvia.

Um dos pontos de destaque foi a discussão sobre a extensão na pós-graduação, impulsionada pelo lançamento dos editais do Proext-PG, vinculados à CAPES. Outra pauta importante foi a valorização da comunicação, que colocou em evidência a relevância de dar visibilidade às ações de extensão dentro e fora da universidade. “É entender o que é comunicar as conquistas e o trabalho cotidiano, mas também saber conversar com a comunidade a partir do que é projeto extensionista”, disse Sylvia.
Para Sylvia, a presença de representantes do Governo Federal, como secretários nacionais e adjuntos de Participação Social, além de integrantes da Operação Rondon, fortalece a articulação entre as universidades e diferentes esferas do governo. “Essa relação com as pastas federais, estaduais e municipais é fundamental. É um aprendizado importante ver como cada instituição lida com sua realidade, entender semelhanças e diferenças e, principalmente, reforçar que não podemos olhar só para o nosso próprio contexto.”
Participando pela primeira vez como pró-reitora, Sylvia valorizou a oportunidade de aprofundar o diálogo e alinhar estratégias com gestores de todo o Brasil. “É uma corrente de colaboração. São trocas de documentos, experiências bem-sucedidas ou problemas que acabam sendo compartilhados. É um raio-x do que cada um enfrenta e do quanto podemos avançar juntos”, concluiu.