Texto: Ana Ornelas | Revisão: Felipe dos Santos | Fotos: Rafael Fonseca
Nesta quinta-feira (28/11), ocorreu o terceiro dia do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (Forproex), no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. Mediada por Lana Nascimento, presidenta do Forproex, a mesa “Transversalidade da extensão na articulação com as políticas públicas ministeriais” contou com a participação do Ministro de Desenvolvimento Social e Agrário do Brasil, Paulo Teixeira; de Vitor Marchetti, da Assessoria Especial da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República; de Emille Cordeiro, do Departamento de Gestão de Educação na Saúde (DEGES), e de Renata Pinto Studart, diretora de projetos do Governo Federal.
O debate ressaltou a necessidade da integração das universidades com os governos, evidenciando o papel da academia em parcerias estratégicas na implementação de políticas públicas. Os programas de extensão foram destacados como parte importante no fortalecimento de iniciativas ministeriais em áreas prioritárias, como combate à fome, reforma agrária, desenvolvimento sustentável e fortalecimento da agricultura familiar, por exemplo.
Segundo Lana Nascimento, a retomada do desenvolvimento social com a extensão comunitária é um processo que exige investimentos e articulação com a sociedade civil. “As universidades e instituições têm uma relação histórica com os diálogos e transformações elaboradas dentro da extensão”, comentou.
Já o Ministro Paulo Teixeira destacou que a troca de saberes e diálogos entre a comunidade e a universidade leva os estudantes a aprender algo que não é ensinado dentro da sala de aula. “No campo, a revolução tecnológica atual está abrindo uma porta para a agricultura ecológica. Por isso, é necessário que tenhamos assistência técnica no país. No país, carecemos da produção de alimentos saudáveis. Há falta de segurança alimentar, principalmente para pessoas que estão no mapa da fome”, explicou o Ministro.
Além disso, Vitor Marchetti reafirmou como a extensão universitária sempre foi fragilizada e sofreu com a falta de financiamento. “A extensão é fundamental para manter a universidade viva. Sem cumprir seu papel social, ela perde seu objetivo na comunidade. Nós queremos garantir essa importância, mas há muitos desafios a serem percorridos ainda”, diz.
Por sua vez, Renata Pinto Studart destacou o papel crucial da inovação neste cenário, defendendo que ela deve ser vista como uma ferramenta para empoderar as comunidades. “Inovar é construir o poder popular, não entregá-lo ao capital e à elite”, afirmou.
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