Um brinquedo? uma brincadeira de enrolar as coisas? ou estaria mais para um corpo estendido no chão?
Bólides, do programa ambiental de Hélio Oiticica ‘transobjetos’ que permitem a apropriação social sobre a obra, vasilhames de matéria que sugerem interação, observação. Rocambólides, no mesmo sentido, são recipientes enrolados de fibras e substrato vegetal e mineral, compondo algo parecido com um corpo embrulhado, porém, resiliente, que se transforma com o tempo. Um corpo feito de terra do entorno, das folhas secas e sementes cantadas, galhos, pedras, juntadas e enroladas, numa costura de juta. E ali, parado, e toca sol, chuva, vento, e as fases da lua, pouco a pouco renasce, cresce, e floresce num buquê logo visitados pelas abelhas e borboletas.
Uma obra que zela pela resiliência dos terrenos devastados. soa como deslocamento, um trânsito da terra, se faz como obra em movimento, onde a cada dia novos brotos surgem de seu interior, numa busca por devolver a terra à terra.
17 de outubro
OFICINA – Arte jardinagem – Rocambólides.
Artistas/Oficineiros:
Camila Argenta e Gabriel Scarpinelli
LOCAL: FOP/Unicamp – Piracicaba/SP
Este evento é apoiado pela Diretoria de Cultura da Unicamp (Dcult) e pela Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC)