Texto: Ana Santino | Revisão: Felipe dos Santos | Fotos: Arquivo Pessoal
“O esporte foi o que me moldou como pessoa, me ensinou a ter foco, resistência, coragem e pensar sempre adiante, além de me abrir portas que eu jamais imaginaria no âmbito profissional e pessoal”. É o que afirma João Margiotto, atleta de saltos ornamentais de currículo extenso, representante da Confederação Brasileira e destaque nas três edições da JUBs (Jogos Universitários Brasileiros), nas quais representou a Unicamp.
Estudante de Ciências do Esporte na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, sua história no esporte começou muito cedo. Já aos quatro anos, Margiotto entrou na ginástica e, a partir daí, passou a se aventurar por diversos esportes, como futebol, basquete e xadrez. “Aos nove anos, meu técnico de ginástica recomendou que eu fizesse um teste para saltos ornamentais, e foi aí que entrei de fato nos saltos”, ele conta.

Desde então, João não parou. Ainda adolescente foi campeão brasileiro e vice-campeão sul-americano de Esportes Aquáticos duas vezes representando a confederação brasileira nos saltos ornamentais. Em 2024, ganhou o Troféu Brasil de Saltos Ornamentais e foi Vice-campeão brasileiro na plataforma e Troféu Eficiência de melhor atleta masculino na competição. Agora competindo na categoria adulta, foi para o seu terceiro campeonato sul-americano, ao qual saiu com uma medalha de ouro e de bronze. No ano de 2023, também participou dos Jogos Mundiais Universitários na China, onde também foi finalista, e agora em julho de 2025 vai para o seu segundo Jogos Mundiais Universitários que acontecerá na Alemanha.

Ele relata que no início foi um grande desafio conciliar a faculdade com o esporte, pois, nos primeiros anos, a grade de seu curso era muito extensa, o que dificultava sua participação integral no treino. Apesar da dificuldade do começo, o atleta diz que a universidade lhe deu muitas oportunidades no esporte: “Eu competi em 3 campeonatos brasileiros universitários representando a Unicamp e fui campeão nessas três vezes. E estou indo para o meu segundo Jogos Mundiais Universitários. Essas são experiências únicas, as quais, sem a universidade, eu não teria”.
“É uma honra poder representar a Unicamp, que tem me apoiado a ir às competições, pois, infelizmente, hoje muitos atletas brasileiros têm de parar suas carreiras para fazer uma graduação. Daí vemos a importância do incentivo de uma diretoria de esportes na universidade para conciliar essas duas áreas que podem, sim, ser complementares”, ele reitera.