Texto: Ana Ornelas | Fotos: Divulgação
“A importância de mensurar a cultura, desse modo, vai bem além de um esforço puramente técnico. Contempla a preferência, enunciada em um dos textos, em falar de conhecimento em vez de falar de cultura, assim escapando a eventuais ciladas que podem hierarquizar a presença da cultura em alguma indesejável trama hierarquizante.” É assim que Josianne Francia Cerasoli finaliza o prefácio do livro “A Cultura e a importância de suas mensurações”, organizado por Sylvia Furegatti e Claudio Lima Ferreira. O lançamento da obra acontece no dia 5 de setembro, no Auditório do GGBS (Grupo Gestor de Benefícios Sociais), a partir das 9h.
Atual pró-reitora de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC) da Unicamp e, à época da realização da obra, diretora de Cultura (DCult), Sylvia explica que o livro nasceu da necessidade de dar visibilidade às formas de mensuração da cultura na universidade e de compreender como esses dados podem apoiar políticas culturais mais consistentes. “Esse projeto foi uma saída encontrada pela Diretoria de Cultura na finalização da gestão, em 2020, a partir de um projeto estratégico que já tínhamos desde o início. A proposta mirava para as formas de mensuração da cultura na universidade em direção à sociedade, um tema que consideramos muito importante”, afirmou.
O livro, publicado com selo da Coleção Jurema, é dividido em duas partes. A primeira traz artigos de professores e gestores que apresentam perspectivas acadêmicas, interdisciplinares e institucionais sobre a mensuração da cultura. Contribuem para essa seção o professor Michel Nicolau e Gustavo de Sousa Vieira, ambos do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp; Daniela Fávaro Garrossini, professora associada da Universidade de Brasília (UnB); Maria de Fátima Rodrigues Makiuchi, doutora em Desenvolvimento Sustentável pela mesma universidade; e Gabriel Guedes Rapassi, cientista político graduado pela Unicamp.
Já a segunda parte reúne as memórias e reflexões de todos os ex-diretores da DCult compondo um panorama histórico e conceitual da área. “Convidamos todos os ex-diretores para escrever sobre suas gestões, formando um documento que mistura conceituação, intenções e práticas executadas ao longo da história da Diretoria de Cultura”, explicou.
Além dos textos, a obra traz um levantamento inédito de imagens e documentos sobre eventos, fóruns, bolsas internacionais e atividades culturais realizadas pela DCult ao longo dos anos. Para Sylvia, isso reforça o valor do livro como registro histórico e cultural. “Esse livro é, por si só, um objeto cultural. Ele dá vida mais longa às propostas estabelecidas e documenta as ações realizadas, ajudando a construir uma memória institucional.”
