Texto: Ana Ornelas | Fotos: José Irani
Na última segunda-feira, 29, a Casa do Lago, espaço cultural ligado à Pró-reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC), recebeu mais uma edição da oficina de plantas medicinais, promovida dentro do Projeto “Sábio Jardim – Escola de Saberes Populares, Científicos e Ancestrais”. Sob coordenação da professora Mariana Nagle dos Reis, engenheira agrícola responsável pela iniciativa, e com a colaboração do professor João Ernesto de Carvalho, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), a atividade vem se consolidando como um espaço de encontro entre o conhecimento científico e os saberes tradicionais.
Segundo Carvalho, há um interesse crescente da população pelo tema. “Começamos com oficinas no Programa UniversIDADE e depois viemos para a Casa do Lago, oferecendo aulas práticas sobre o uso de plantas medicinais. Hoje, por exemplo, trabalhamos com as PANCs (plantas alimentícias não convencionais). É muito interessante ver o envolvimento da comunidade, dentro e fora da Unicamp”, comentou. Além do aspecto terapêutico, as oficinas abordam também o potencial alimentício dessas espécies, promovendo uma visão integral de saúde e sustentabilidade.
A coordenadora da Casa do Lago, Silvana Di Blasio, destaca que o curso já acontece há quatro semestres consecutivos, sempre com turmas renovadas. “Os alunos são instigados a cuidar do jardim de plantas medicinais da Casa do Lago. Para o próximo ano, a grande novidade será a implantação de um jardim de plantas alimentícias, ampliando ainda mais o alcance do projeto”, contou.
Para os participantes, a experiência vai além do aprendizado técnico. A bióloga Silvia Mansur Scagliusi explica que a oficina também representa um espaço de convivência. “É um momento muito gratificante, tanto pelo conhecimento que adquirimos quanto pelas amizades que formamos. As plantas não convencionais estão ao nosso alcance e é fundamental que mais pessoas conheçam seu valor.”
Na mesma linha, o biólogo Paulo Gomes da Silva reforça a importância prática do curso. “Aqui aprendemos sobre fitoterapia e formas de preservação da saúde com elementos naturais. É um trabalho que enriquece nossa vida e nos dá ferramentas para aplicar no dia a dia”, afirmou.
