Texto: Thais Alves | Revisão:Felipe dos Santos | Fotos: Dário Mendes | Edição: Rafael Fonseca
Na última quarta-feira, 21 de agosto, aconteceu o 1° Encontro de Extensão da Faculdade de Engenharia Agrícola. O evento foi realizado pela Coordenadoria de Graduação e Coordenadoria de Extensão da FEAGRI, em parceria com a comissão organizadora formada por alunos e funcionários da instituição. Estiveram presentes o pró-reitor de Extensão, Esporte e Cultura, Professor Fernando Coelho; o diretor da FEAGRI, professor Ariovaldo José Silva; a coordenadora da FEAGRI, professora Franciane Colares de Souza; a coordenadora de Extensão da instituição, Vanilde Ferreira de Souza Esquerdo, e o acadêmico Guilherme Munhoz, membro do grupo de trabalho (GT) de curricularização da FEAGRI.
O encontro teve como objetivo fornecer informações e tirar dúvidas dos alunos sobre o processo de inserção curricular da extensão. “Quando falamos de Extensão, estamos falando obrigatoriamente de uma relação entre a universidade e a sociedade”, pontuou o pró-reitor Fernando Coelho, referindo-se ao eixo que passou a representar 10% da grade curricular.
Coelho comentou, ainda, a importância da extensão para os alunos universitários e a comunidade: “A Extensão é uma interação que envolve obrigatoriamente um diálogo; é, na verdade, a universidade fazendo atividades fora dela; é a universidade interagindo com a sociedade, não importa qual seja o segmento. A gente vai interagir com assentamentos, empresas, escolas, com o poder público, faremos todas as possíveis interações com a sociedade organizada, em que a universidade leva ensino e pesquisa com ela para, a partir dessa interação, desenvolver atividades conjuntas”. Para ele, as atividades, as pesquisas e os projetos desenvolvidos têm como intuito final transformar a sociedade, os alunos, os professores e todas as pessoas que estiverem envolvidas no processo.
A integração da Extensão com o ensino universitário visa aproximar a academia dos desafios da sociedade, como a educação básica, o desenvolvimento nacional e os movimentos sociais. Esse processo não só amplia o impacto social da universidade, mas também aumenta a visibilidade dela e de suas áreas de interações.
A implementação dessa integração começou com uma discussão entre as Unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Esse diálogo inicial abordou os processos e as obrigações legais envolvidas. A inserção da Extensão no currículo de graduação está em conformidade com a Resolução de número 07º de 2018 do Conselho Nacional de Educação, que estabelece a obrigatoriedade de todos os cursos de graduação incluírem, em seus planos pedagógicos, no mínimo 10% de atividades relacionadas a atividades de extensão.
O pró-reitor também falou sobre a situação atual das extensões na Unicamp: “A maioria das atividades de extensão estão concentradas dentro dos currículos de graduação em disciplinas que foram vetorizadas para Extensão. Vetorizar uma disciplina para extensão é uma coisa interessante, mas pode acontecer das atividades propostas para Extensão não serem obrigatoriamente extensão. Isso infelizmente acontece. Então, uma das coisas que a Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura tem pensado é a possibilidade de oferecer alternativas para que os alunos possam ter outros lugares onde eles possam fazer atividades de extensão. Para isso, a gente vem administrando a criação de um reconhecimento de uma série de programas de extensão consagrados na universidade que têm possibilidade de receber alunos para fazer o trabalho de extensão”. Coelho usou de exemplo a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP Unicamp), um programa de extensão da Unicamp que visa incubar grupos populares (cooperativas, associações e grupos informais) orientados para a geração de trabalho e renda. Ao fazê-lo, busca atuar na produção de conhecimento e na formação em conexão com os princípios da autogestão, da solidariedade e da educação popular. Referiu-se também, aos programas de preparação de ingresso em instituições públicas, como o cursinho Malunga e o Colmeias, ambas extensões que buscam atender estudantes, em sua maioria de baixa renda.
O encontro seguiu com falas do Professor Convidado Sandro Tonso, apresentação da proposta de curricularização da FEAGRI com a Coordenação de Extensão e de Graduação e debate.
A abertura foi performada pelo Coral Zíper na boca, regido por Vivian Nogueira.
