Unicamp promove Fórum Permanente sobre a importância dos Museus Universitários 

Texto: Ana Ornelas | Fotos: José Irani

Popularizado pelo cinema, o imaginário de museus ganhando vida à noite, como em “Uma Noite no Museu”, desperta a curiosidade cultural e educativa sobre esses espaços. Fora das telas, os museus, especialmente os universitários, são ambientes de conhecimento e experiência, capazes de integrar teoria e prática e de oferecer aos estudantes uma formação mais completa. Com esse objetivo, a Unicamp realizará, no dia 8 de setembro, a partir das 9h, no Centro de Convenções, o Fórum Permanente “Importância dos Museus Universitários na Formação Profissional de Mediadores e Monitores”, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC).

De acordo com Guilherme Stecca Marcom, coordenador do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp e um dos organizadores do evento, a proposta é ampliar o debate sobre como os museus universitários podem contribuir para a formação técnica, profissional e cidadã dos mediadores. “Os museus e centros de ciência não apenas aproximam a universidade da sociedade, mas também formam profissionais que desenvolvem habilidades de comunicação, gestão e mediação cultural, muitas vezes além daquilo que aprenderiam em sala de aula”, destacou.

Um dos eixos centrais do fórum é discutir estratégias para fortalecer o vínculo entre essas instituições e a sociedade, democratizando o acesso ao conhecimento e valorizando saberes locais, especialmente no contexto do Sul Global. “Queremos entender como esses espaços, aqui e em outros países, estão pensando a formação dos mediadores e monitores e como isso pode impactar o desenvolvimento profissional desses estudantes. Por isso, o fórum convidou profissionais de diferentes regiões do Brasil e também do exterior, como a diretora de um museu na África do Sul, para compartilhar experiências e metodologias”, contou Stecca.

Guilherme Stecca Marcom, coordenador do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp.

Para o coordenador, esses espaços permitem aos estudantes desenvolver competências comunicativas, criativas e de adaptação às demandas do público. “O mediador não é apenas alguém que apresenta um conteúdo. Ele aprende a cativar o público, adaptar discursos e estimular a reflexão crítica durante as visitas”, explicou.

Stecca ressaltou ainda que os mediadores têm papel fundamental na relação entre a universidade e a sociedade, pois atuam como pontes que favorecem o diálogo e a disseminação de conhecimento. “À medida que interagem com os visitantes, os mediadores recebem percepções e informações que ajudam a melhorar as atividades e trazem retorno direto para a gestão dos espaços”, afirmou.

O Museu Exploratório de Ciências da Unicamp foi apresentado como exemplo de espaço onde a formação dos mediadores acontece de forma contínua. Além de uma capacitação inicial, os estudantes desenvolvem novas habilidades ao longo das atividades, especialmente ao lidar com grupos escolares. Para Stecca, pensar a atuação dos mediadores é também valorizar o papel da educação não formal e seu impacto na formação profissional dos estudantes. “Muitas vezes, quem participa dessas atividades segue carreira em áreas distintas, mas leva consigo habilidades adquiridas nesses espaços, como comunicação, gestão de grupos e pensamento crítico”, ressaltou.

A realização do fórum reforça a importância dos museus universitários na integração dos três pilares da universidade. “Estamos falando de ensino, pesquisa e extensão caminhando juntos. Os museus são espaços que formam público, formam profissionais e promovem a circulação do conhecimento produzido aqui dentro para toda a sociedade”, concluiu Stecca.

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