Texto: Ana Ornelas | Fotos: Dário Crispim
Entre os dias 23 e 25 de setembro, Campinas recebeu a edição 2025 do Viva Ciência!, evento promovido pela Unicamp, por meio do Museu Exploratório de Ciências, vinculado a Pró-reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Realizado no Centro de Eventos da SME Campinas, o encontro reuniu mais de dois mil alunos do sexto ano da rede pública, que têm a oportunidade de vivenciar a ciência de forma prática e interativa.
Ao circular pelos estandes, os estudantes experimentaram atividades desenvolvidas por diferentes unidades da Unicamp, como o Instituto de Biologia (IB), o Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW) e o Hemocentro, por exemplo. Entre os destaques estavam o lançamento de foguetes, experiências de física, exposição de animais taxidermizados, demonstrações com carros e até a presença da personagem Maria Clot, que explica de forma lúdica a trombose infantil. Para estimular a participação, cada aluno recebeu um “passaporte científico”, carimbado em cada estande visitado. Aqueles que completaram o circuito levaram para casa um certificado de participação.

Para a pró-reitora da ProEEC, Sylvia Furegatti, o Viva Ciência! reforça a missão extensionista da universidade. “O evento representa a essência da extensão universitária: democratizar o acesso ao conhecimento e estimular os estudantes a compreenderem o valor da ciência no cotidiano. Mais do que formar futuros profissionais, queremos contribuir para a formação de cidadãos conscientes, capazes de dialogar com a sociedade e de perceber a ciência como parte fundamental da vida em comunidade”, afirmou.
Ela também destacou a importância do caráter lúdico e participativo das oficinas, uma vez que as atividades têm um componente interativo que estimula os estudantes. “Não importa se o laboratório é sofisticado ou simples. O importante é o laboratório que cada um carrega dentro da cabeça. É essa prática cotidiana que desperta vocações e ajuda a organizar os futuros cientistas do país”.

O coordenador do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, Guilherme Stecca, ressaltou o papel do evento em aproximar a universidade da comunidade. “A produção de conhecimento não pode ficar restrita ao espaço acadêmico. O museu tem justamente essa missão: transformar a ciência em linguagem acessível e aproximar a universidade da sociedade. Neste ano, conseguimos transformar o espaço do evento em um grande museu de ciência a céu aberto”, explicou.
Segundo ele, o planejamento das oficinas foi feito com foco no público participante. “Precisamos de ações que sejam lúdicas, mas que também engajem e promovam interação. É assim que conseguimos aproximar as crianças da ciência e despertar nelas a curiosidade científica.”