Texto: Ana Ornelas | Revisão: Felipe dos Santos | Fotos: Arquivo Pessoal RTA
Buscando transformar o cenário do esporte e da ciência no Brasil, a Rede de Talentos Acadêmicos (RTA) é um projeto de extensão criado pelo professor João Gustavo Claudino, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp. Em uma iniciativa que prevê reverter o êxodo de pesquisadores altamente qualificados e ampliar a empregabilidade de mestres e doutores, a proposta é conectar universidades, governo e setor produtivo. O projeto foi vencedor do 1° Edital de Apoio a Projetos de Extensão de Tecnologia para Inclusão Social, vinculado à Pró-reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC).
Segundo Claudino, o Brasil é o quinto maior produtor de artigos científicos na área de sports science. Por isso, o professor aponta o potencial da RTA em gerar soluções por meio de conexões. “A gente, como país, forma muita gente boa, mas perde esses talentos para fora, principalmente na nossa área, que é o esporte. Nosso foco está em desenvolver e reter talentos humanos qualificados, conectando doutores e mestres com o mercado, com o governo e com as universidades”, disse.
Por isso, uma das propostas do projeto é a criação do Centro de Pesquisa e Inovação Esporte Brasileiro (CEPI Esporte), que visa a oferecer infraestrutura para pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e políticas públicas voltadas à saúde e ao bem-estar por meio do esporte. “A gente quer ser uma ponte entre ciência, governo e indústria. Nosso sonho maior ainda é o centro de pesquisa, mas por enquanto estamos consolidando a rede e atraindo conexões”, explicou Claudino.
Embora o foco atual esteja na chamada Área 21 – campo de conhecimento em que atua – da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que inclui educação física e esporte, a proposta é expandir o modelo para outras áreas com o tempo.
O projeto reúne estudantes de diferentes áreas da Unicamp. É o caso de Ryan Tarot, estudante de Sistemas de Informação da Faculdade de Tecnologia (FT), que integra a equipe como bolsista. “Eu vi um projeto ambicioso, que unia tecnologia, esporte e impacto social. Além de gostar da área, sempre quis aplicar o conhecimento que estou adquirindo em outras frentes, fazer ele servir para algo maior, como a empregabilidade e a valorização da ciência no Brasil”, afirmou Ryan.
Para mais informações, visite @redetalentosacademicos.
