Texto: Ana Ornelas | Revisão: Felipe dos Santos | Fotos: José Irani
Nesta quinta-feira (21/11), foi realizada a cerimônia de inauguração do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Unicamp (NEAB). O evento aconteceu no Centro de Convenções e contou com o lançamento da exposição “Bailes Negros: sociabilidades e resistência em Campinas”, no Saguão da Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL), que pode ser visitada até 31 de janeiro de 2025.
Para Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp, é importante para a instituição ser capaz de pensar e representar nosso país de uma forma melhor: “É um evento que marca o início de um núcleo muito importante para o futuro da questão racial e cultural na Unicamp. Aqui é um espaço de reflexão sobre as várias temáticas e todos os campos do conhecimento que afetam pretos e pardos, algo que foi negligenciado ao longo do tempo nas universidades brasileiras”, afirmou o reitor.

Além disso, Meirelles destacou os processos de incorporação de professores e pesquisadores pretos e pardos que a universidade vem propondo há mais tempo, algo, para ele, reforçado com a proposta do NEAB.
Fernando Coelho, pró-reitor de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC) da Unicamp, salientou que, agora, todas as atividades que antes aconteciam de formas esparsas na universidade poderão ser reunidas no novo núcleo, que vai se dedicar exclusivamente a isso. “É um momento de muita satisfação para todos nós, porque este é um sonho acalentado pela comunidade preta e parda da universidade de ter uma representação institucional que possa congregar tudo que acontece, em termos de estudo científico, cultural, artístico, envolvendo a cultura afro-brasileira”, declarou o pró-reitor.
Coelho ponderou que ainda existem grandes desafios pela frente, mas destacou que este é o momento propício para levar o NEAB a novos lugares nacionais.